A Copa de 2010 chegou ao fim. Se não foi o show "de bola" que esperávamos, pelo menos mais uma vez houve o show "de imagem" na TV. Dos jogos, pela FIFA, das coberturas jornalísticas, pela emissoras.
A imagens e som perfeitos trazem à nossa lembrança a Copa de 66 na televisão.
Nessa Copa, como nas anteriores, não havia transmissão ao vivo dos jogos. Só gravação por "vídeo-tape" (um processo já superado, hoje). Os jogos eram acompanhados só pelo rádio (com Fiori Giglioti, Ênio Rodrigues, e outros). Nessa hora não havia um só aparelho de TV ligado. Foi aí que, para atrair e cativar o telespectador, uma ou duas emissoras de televisão "bolaram" e ofereceram um jeito bem rudimentar e esquisito de "assistir" aos jogos do Brasil (que não durou muito tempo, pela performance de nossa seleção).
Era mais ou menos assim (ver figura abaixo): desenho de um campo de futebol com pontos numerados (que representavam os jogadores). A trajetória da bola era marcada através de traço de um ponto (jogador) para outro onde ela havia chegado. O traçado era feito simultaneamente aos movimentos narrados na transmissão do rádio. Assim era mostrado a troca de passes, para dar a noção visual de onde a bola estava no campo. Na maior parte das vezes isso não "batia" com o que efetivamente estava ocorrendo no jogo.
Grotesto, ou não, já víamos jogos diretos "pela TV"! Isso só veio a ocorrer, de verdade, na Copa seguinte (1970) com a primeira transmissão ao vivo (ainda em preto e branco).
Veja também: (1) (2) (3)
Um comentário:
Meu pai estava lá e falou que os jogadores eram representados por lâmpadas e elas íam sendo acesas conforme a bola se movimentava.
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