Este blog é uma REVISTA ELETRÔNICA QUINZENAL para a turma dos "ANOS DOURADOS" relembrar e matar saudades da infância e adolescência. E, também (porque não?), para os MAIS NOVOS conhecerem coisas da época e o que se passava naqueles tempos.
FOTOS dos símbolos e ícones dos ANOS 50/60 (e dos 40/70), tiradas da WEB e reunidas num só lugar, com algumas informações do PASSADO.
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quinta-feira, 30 de junho de 2011
IMAGENS - Carro: "CHEVROLET BEL AIR" DOS ANOS 50
Mais carrões americanos. Desta vez o Chevrolet Bel Air de 1955, um tempo de gasolina barata.
Numa cidade na boca do interiorzão do Brasil eu era um menino que o tempo me fez matar a charada. Naqueles distantes anos eu observava um carro de um tio meu sem ver nada, apenas via, mas observava. Ele desfilava num chevrolet belair por ruas solitárias, era único. O tempo reconfigurou tudo. Aquele passado não acabou, mas passou sem deixar rastro. E qual a charada?. Ele era fazendeiro. E o status de exploração de terra no país encerrava uma escravidão branca. Havia 2 tipos de escravos, um se chamava meieiro e o outro agregado. O trem administrativo, previdenciário, fiscal e trabalhista era algo que só chegaria muitos anos depois na reconfiguração de tudo. Nesta história há um detalhe instigante. Conheci uma senhora que durante 60 anos deitava às 9 da noite e levantava às 4 da manhã. Esta senhora num ambiente rural sem nenhum conforto daqueles remotos tempos, como o de defecar no mato, tomar banho de bacia, buscar água nas bicas e pés descalços, era quem dava apoio logístico de boia aos meieiros. Se se colhiam 1000 sacos de feijão e esta era a produção do fazendeiro, uma metade era distribuída entre 10 enquanto o fazendeiro levava de mão beijada os outros 500 sacos, o que lhe permitia entre outras coisas...de quebra andar de chevrolet belair...:)
Numa cidade na boca do interiorzão do Brasil eu era um menino que o tempo me fez matar a charada. Naqueles distantes anos eu observava um carro de um tio meu sem ver nada, apenas via, mas observava. Ele desfilava num chevrolet belair por ruas solitárias, era único. O tempo reconfigurou tudo. Aquele passado não acabou, mas passou sem deixar rastro. E qual a charada?. Ele era fazendeiro. E o status de exploração de terra no país encerrava uma escravidão branca. Havia 2 tipos de escravos, um se chamava meieiro e o outro agregado. O trem administrativo, previdenciário, fiscal e trabalhista era algo que só chegaria muitos anos depois na reconfiguração de tudo. Nesta história há um detalhe instigante. Conheci uma senhora que durante 60 anos deitava às 9 da noite e levantava às 4 da manhã. Esta senhora num ambiente rural sem nenhum conforto daqueles remotos tempos, como o de defecar no mato, tomar banho de bacia, buscar água nas bicas e pés descalços, era quem dava apoio logístico de boia aos meieiros. Se se colhiam 1000 sacos de feijão e esta era a produção do fazendeiro, uma metade era distribuída entre 10 enquanto o fazendeiro levava de mão beijada os outros 500 sacos, o que lhe permitia entre outras coisas...de quebra andar de chevrolet belair...:)
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