Até boa parte dos anos 60 o aparelho de rádio reinava absoluto em quase todos os lares brasileiros que tinham energia elétrica. Era a principal fonte de informação e grande instrumento de lazer de milhões de famílias.
E, já desde o final dos anos 50, uma atração era campeã de audiência até onde chegavam os sinais da histórica Radio Nacional de São Paulo (mais tarde Rádio Globo): o programa que um certo Silvio Santos (sim, ele mesmo!) fazia diariamente, na parte da manhã. Era o "Programa Silvio Santos" que, dentre outros, tinha um quadro chamado "HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA", às 9 horas.
(Silvio fazendo o programa, no final dos anos 50)
Nesse momento as "impressionadas" e "concentradas" avós, mães e tias exigiam silêncio absoluto da assustada criançada ao redor (nem precisavam!). A narração era feita pelo próprio Silvio (anos depois, pelo seu irmão Léo Santos) e atores faziam a dramatização da história do dia (mandada por ouvintes) que se constituía em um conto do sobrenatural com direito à assombração, fantasma, alma do outro mundo, etc.
Para completar o "ambiente", a música de fundo também ajudava a mexer com os nervos do pessoal. Naqueles momentos, a imaginação corria solta!
1) O quadro sempre terminava com Silvio Santos dizendo (todo "solene"): Pode ser verdade, pode ser mentira. Pode ser apenas fruto da imaginação. Enfim ... são histórias que o povo conta".
2) A música (dramática) nada mais era que o TRECHO INICIAL do filme "OS DEZ MANDAMENTOS" ("The Ten Commandments", grande sucesso do cinema americano de 1956.
Para completar o "ambiente", a música de fundo também ajudava a mexer com os nervos do pessoal. Naqueles momentos, a imaginação corria solta!
Dois detalhes importantes:
1) O quadro sempre terminava com Silvio Santos dizendo (todo "solene"): Pode ser verdade, pode ser mentira. Pode ser apenas fruto da imaginação. Enfim ... são histórias que o povo conta".
2) A música (dramática) nada mais era que o TRECHO INICIAL do filme "OS DEZ MANDAMENTOS" ("The Ten Commandments", grande sucesso do cinema americano de 1956.
12 comentários:
O PROGRAMA SILVIO SANTOS NO RÁDIO RESISTIU BRAVAMENTE ATÉ O FINAL DOS ANOS 80 NA RÁDIO RECORD, ANTES DESTA EMISSORA PASSAR AS MÃOS DA IGREJA UNIVERSAL. ME RECORDO DA ABERTURA, DA ASTRÓLOGA ZORA IONARA E DO SILVIO SANTOS FALANDO AS "COLEGAS DE TRABALHO"
Me lembro desse programa na 1ª metade dos anos 60. Era garoto e escutava com atenção - e roendo as unhas - aos "causos". Era muito legal.
Mas a música de abertura não era assustadora e sim solene. Assustadora mesmo era um efeito sonoro que era usado junto à narração, quando ocorria o clímax da história. Era uma espécie de coral com sons que lembravam chicotes. Aquilo sim era apavorante.
Gostaria muito de saber por onde anda Maria Helena que também participava do quadro. Tinha uma vóz maravilhosa.
Eu me lembro quando era Criança, minha mãe ligava o rádio pela manhã ouvir a Historia que o povo conta. eu e meus irmãos estávamos no quarto. e quando começava o programa nós corríamos pra sala comedo das historias. Esse programa fazia muito sucesso.
Gente... eu me lembro de estar no berço vendo minha mãe costurar e ouvindo o programa “Historias que o povo conta”. Que lembranca maravilhosa!!!
Onde acho as histórias para ouvir com meus netos?
Gostaria muito de ouvir com Silvio Santos aquela música da horas que dizia assim olha a hora olha a hora e tbm história que o povo conta eu era criança morava na roça e minha cunhada ouvia a radia nacional eu tbm gostava muito de ouvir abraços
Gostaria de saber se existe alguns dos episódios da época.
Principalmente os efeitos sonoros apavorantes, parecia um misto de grito com relinchos
Legal
Lembro -me de uma história narrada pelo Silvio Santos, acho que em 1958, quando eu e meus primos ficávamos todos ao redor do rádio...falava sobre uma moça que morreu grávida, e o bebê nasceu na tumba onde ela foi depositada...diariamente o dono de uma vendinha que ficava próxima ao cemitério atendia uma moça, que levava um pacote de biscoito...e intrigado, um dia o homem resolveu segui-la, e qual foi o espanto ao ver que o biscoito era para a criança recém-nascido, tendo a moça desaparecido misteriosamente...como dizia o Silvio, pode ser verdade pode ser mentira, pode ser apenas fruto da imaginação, enfim, são histórias que o povo conta......
Eu me lembro das histórias arrepiantes de fantasmas, cemitérios, almas penadas, vozes do além... A gente ainda criança ficava apavorado, mas não perdia um, kkk...
Lembro do programa de rádio que o Silvio dizia: Dona de casa, larga tudo que tá fazendo, panela, caçarolas......
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