domingo, 15 de julho de 2012

ESTANTE DE LIVROS: "CONHECER" - Enciclopédia em fascículos

No "longínquo" dia 27.09.1966 (uma 3ª feira) as bancas de jornal do país recebiam um produto da "Abril Cultural" (divisão do grupo empresarial Editora Abril) que estava fadado a se tornar um dos maiores sucessos editoriais de todos os tempos: o primeiro fascículo de uma enciclopédia em "capítulos" denominada "CONHECER" (recheada com textos de fácil leitura e entendimento, além de  muitas ilustrações coloridas) que estaria à venda todas as semanas, às terças-feiras.





A cada 15 fascículos (com 20 páginas) era vendida uma capa dura gravada "a ouro" (vermelha, nesta primeira edição) que compunha um dos 12 volumes da coleção (mais 3 menores formados com as capas dos exemplares semanais). Era só comprá-la e mandar "encadernar" (pagando por isso, é claro!).





Em pouco menos de 4 anos o interessado e zeloso pai conseguiria para a família uma enciclopédia COMPLETA  que, mesmo antes de totalmente formada, já vinha auxiliando nas pesquisas escolares dos filhos "ginasianos"(ela abrangia conhecimentos sobre Ciências, Geografia, Artes e História).




A Editora Abril foi pioneira no país com trabalho desse tipo (fascículo vendido em banca). Sua estréia nessa área foi no ano anterior (1965) com a obra "A Bíblia Mais Bela do Mundo", grande sucesso na época.




Sem dúvida, essa iniciativa "fascicular" teve grande mérito: disseminou através das bancas de jornal (espalhadas pelos grandes e pequenos centros do Brasil todo) o conhecimento antes adstrito às pouquíssimas (até hoje) bibliotecas e livrarias.
Isso sem contar, ainda e principalmente, com o preço bastante acessível dos fascículos o que tornava a enciclopédia (no final) muito mais barata que as obras vendidas prontas.
Com o passasr do tempo "Conhecer" teve inúmeras edições e vendeu mais de 100 milhões de fascículos. Ela era publicada sob licença da editora italiana "Fratelli Fabbri Editori".





5 comentários:

  1. As coleções em fascículos da Abril Cultural eram (e são) maravilhosas. Talvez a atual geração, com acesso indiscriminado à Internet, tenha dificuldade em entender o que ela significaram, numa época em que livros eram praticamente a única fonte de informações culturais, e poucas famílias tinham condições financeiras de comprar uma enciclopédia completa de uma só vez. Os fascículos realmente popularizaram o conhecimento; grande mérito de Victor Civita e sua grande editora. Tenho até hoje várias coleções da Abril, que me acompanham desde a infância; uma delas, ocupando lugar de destaque na minha biblioteca, é o Novo Conhecer (a edição de 1977 do Conhecer, com capa azul). Meu avô tinha a primeira edição, a vermelha.

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  2. Concordo com o comentário do Daniel, vivi também numa época em que era maravilhoso saborear os facículos da querida enciclopédia "Conhecer", a da capa vermelha e não aprovo quando se referem a um passado tão bonito, com o termo "velharia". Acho desrespeitoso. Será que chamariam os discos de Frank Sinatra, Elvis Presley, Beatles, também de "velharia"?

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  3. Perabéns pelo post, eu tenho a minha até hoje!
    Fiz meu primário usando a CONHECER, e aoutra que também estão preservadas na minha estante. (Naturama, Tecnirama, Georama e Tesouro da Juventude).

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  4. Tenho fascículos sem encardenar pra doar

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