(continuação)
"Apesar de alguns atos de vandalismo nada de muito sério vinha ocorrendo. Pode-se afirmar, até, que as manifestações transcorriam de forma pacífica. Mas ao cair da noite, com o aumento da procura por transporte, elas ganharam intensidade extraordinária.
Entre 18,00 e 20,00 horas (horário de pico da volta dos trabalhadores para casa) verificaram-se os primeiros choques mais violentos entre policiais, populares, estudantes e agitadores infiltrados.
As depredações e incêndios de ônibus e bondes ocorreram nos pontos de maior movimento da cidade: Praça Clóvis Bevilacqua, Praça da Sé, Praça Ramos de Azevedo, Largo São Francisco, Anhangabaú e Praça dos Correios.
(cavalariano investindo contra os manifestantes, até nas calçadas)
Na Praça Clóvis multidão tentava obrigar os coletivos parados (por ordem da C.M.T.C.) a voltar a circular. Os milicianos montados interviram jogando seus cavalos nos manifestantes e agredindo com golpes de sabre.
(populares quebrando vidros de um bonde)
Em determinado momento os soldados ficaram acuados pelo povo e um cavalariano foi atacado, desmontado e quase morto a socos, pontapés e pauladas. Imediatamente (era pouco antes das 19 horas) o Pelotão de Choque da Força Pública chegou e, num ato insano para dispersar a multidão enfurecida, começou a atirar para cima e em seguida para todas as direções.
(ônibus incendiado na Av. 9 de Julho)
Essa violenta repressão resultou na morte de 4 pessoas e ferimentos em mais de 40.
O prefeito não foi localizado durante todo o dia. Corre notícia de que tenha se deslocado logo de manhã para o Rio de Janeiro."
Outras notícias da época AQUI.
Outras notícias da época AQUI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário